Os bombeiros defendem que é incompreensível que os seguros comparticipem com a mesma percentagem há 20 anos e acham pouco que os jogos sociais contribuam apenas com 2,8 por cento.
Os bombeiros sugerem o aumento das percentagens dos prémios dos seguros ou as verbas dos jogos sociais para que se resolva as dificuldades de financiamento das corporações.
Um dia após o ministro da Administração Interna ter anunciado a elaboração de uma carta de risco para dotar estas corporações dos meios necessários, a Liga de Bombeiros Portugueses considerou não ser necessário tirar mais dinheiro do Orçamento de Estado para resolver este problema.
«Há 20 anos que os seguros comparticipam com a mesma percentagem, o que é absolutamente incompreensível se tivermos em consideração o elevado número de intervenções dos bombeiros, nomeadamente em acidentes rodoviários», explicou o presidente desta Liga, na inauguração do quartel dos bombeiros de Cabanas de Viriato, distrito de Viseu.
Para Duarte Caldeira, a «qualidade da intervenção resulta necessariamente de uma minimização de danos para a vida humana em primeiro lugar, mas no que são os reflexos para a indústria seguradora».
O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses entende ainda que «não faz qualquer sentido que apenas 2,8 por cento das verbas das receitas dos jogos sociais sejam canalizados para o financiamento deste sector se tivermos em consideração que os jogos sociais provêem dos cidadãos».
«O aumento desta percentagem significa uma espécie de devolução aos investidores exactamente do produto final das receitas», adiantou.
Também presente nesta inauguração, o ministro da Administração Interna referiu que estas ideias «à partida parecem interessantes», mas sublinhou que «não queria que, directa ou indirectamente, pudessem resultar em ainda mais agravamento dos prémios que os cidadãos pagam».
«É preciso garantir com cuidado essas matérias», frisou Miguel Macedo, que prometeu estudar as propostas apresentadas pelos bombeiros.