Economia

Jardim rejeita «intenção dolosa» de ocultar dados sobre dívida

Alberto João Jardim

O presidente do Governo Regional da Madeira rejeitou que tenha existido «intenção dolosa» de «ocultar» dados sobre a situação financeira da Região.

«Tem sido atribuída ao Governo Regional da Madeira uma intenção dolosa de "ocultar" dados que seriam devidos a Entidades da República Portuguesa», pode ler-se em comunicado assinado pelo chefe do Executivo madeirense.

Jardim considera que «para tal, manipula-se qualquer eventual frase ou 'lapsus linguae', normal na torrente discursiva e emocional de um comício, só por se ter chamado à atenção que, se por coincidência os acertos então em curso estivessem prontos para comunicação à República, poderiam implicar mais cortes de verbas por parte do Governo socialista».

Num dos comícios da pré-campanha na passada semana, o líder do PSD-M justificou a não divulgação de toda a informação ao Governo da República de José Sócrates relativas às finanças da região, afirmando: «não era aconselhável, porque eles ainda tiravam mais dinheiro, se andássemos a mostrar o jogo todo a um Governo socialista que não era sério. Nós estávamos num estado de necessidade e, por isso, agimos em legítima defesa».

«O que de facto é verdade, foi sempre a nossa preocupação em não parar a Região, apesar da lei de finanças regionais socialista, fazendo as devidas correcções de contas com Bancos e Credores, e, logo que possível, informar nos termos da lei», realça Jardim no mesmo documento.

E concluiu: «Assim, é doloso nos atribuir qualquer intenção em contrário, até porque o tornado público pelo INE foi com base nos próprios dados fornecidos pelo Governo Regional».