Álvaro Beleza vai deixar a presidência do Instituto Português do Sangue (IPS) para se dedicar à política, mas já teve a garantia do Governo de que o trabalho que realizou vai ter continuidade.
Álvaro Beleza está convicto de que o IPS vai ter uma «passagem de testemunho tranquila» e que a pessoa que o vai substituir será um «médico prestigiado» que seguirá o caminho que foi traçado até agora. Pelo menos foi essa a garantia que recebeu do Ministério da Saúde, Paulo Macedo, acrescentou, em declarações à TSF.
«Não acredito em pessoas insubstituíveis e tenho a certeza de que não é com a minha saída que o IPS e a área do transplante e do sangue vão ter algum problema, pelo contrário», vincou.
O médico socialista entrou no sábado para a reunião do Secretariado Nacional do PS e esta segunda-feira suspendeu o cargo de presidente do IPS, por a lei determinar que os presidentes de institutos públicos não podem assumir funções partidárias.
«Tomei uma decisão difícil para mim, porque o sangue é a minha vida» e estava à frente de um «projecto interessante», confessou Álvaro Beleza, que vai continuar a prestar serviços na medicina e que se prepara agora para servir o país dentro do PS.
«Dada a minha ligação de amizade, há cerca de 25 anos, com António José Seguro e por solidariedade política, achei que também era meu dever ajudar neste combate político com ele e ajudar o PS no sentido de que o partido não é um fim em si mesmo, é um instrumento ao serviço do país», justificou.
Álvaro Beleza mantém-se em funções durante o mês de Outubro até chegar um novo presidente. Depois disso, assume em pleno o lugar no Secretariado Nacional do PS.