Economia

«Ninguém quer acabar com a justa causa» nos despedimentos, diz ministro

O Governo não pretende «acabar» com o conceito de justa causa nos despedimentos, estando interessado em «chegar a um consenso», garantiu hoje o ministro da Economia e do Emprego.

«O Governo está aqui para dialogar e quer ouvir os parceiros sociais. Depois de os parceiros sociais nos apresentarem todas as suas propostas, iremos olhar para as propostas e tentar chegar a um consenso», afirmou Álvaro Santos Pereira.

Em declarações aos jornalistas, à margem da visita às obras de alargamento do terminal de gás natural liquefeito de Sines, Álvaro Santos Pereira garantiu que «ninguém quer acabar com a justa causa».

Além disso, frisou, «a questão laboral é simplesmente uma pequena questão em relação às questões mais abrangentes da competitividade».

«Estamos a falar ao nível de políticas ativas do emprego, que estão a ser discutidas no seio da concertação social, estamos a falar de outras políticas de competitividade que também serão discutidas em sede de concertação social», explicou.

Segundo o ministro, o Governo está apenas «a implementar aquilo que foi acordado no memorando de entendimento" com a 'troika', medidas "com que o país se comprometeu em troca de ter a ajuda externa de que precisamos».

Na proposta enviada aos parceiros sociais, que servirá de base de discussão ao grupo de trabalho sobre Políticas de Emprego e Reforma da Legislação Laboral, o Executivo defende a alteração do conceito de despedimento com justa causa, introduzindo a possibilidade de o trabalhador ser despedido por não cumprir os seus objetivos ou ser menos produtivo, independentemente da introdução de novas tecnologias ou de outras alterações no local de trabalho.