No Fórum TSF, o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro afirmou que o Governo, ao ir mais além do que o programa da troika, não quer, propriamente, castigar os portugueses.
Nas contas aos 100 dias de Governo de coligação PSD/CDS, Carlos Moedas rebateu, no Fórum TSF, esta manhã, a ideia de que o Executivo se limitou a aumentar impostos desde que chegou ao Governo.
O secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, responsável pelo acompanhamento da aplicação das medidas da troika, destacou que é mais fácil falar da receita do que propriamente de questões mais técnicas, como as reformas que estão em curso.
«Tudo o que é parte orçamental é muitas vezes mais fácil de falar. E esta parte é mais técnica, fizemos a transposição do pacote de energia que vai trazer maior capacidade aos consumidores na parte energética, assim como a lei das comunicações electrónicas. Tudo isso parece complicado, mas é essencial para que a nossa economia tenha concorrência e possa crescer», explicou.
Carlos Moedas tratou de recordar que, de três em três meses, e conforme as avaliações feitas pela troika, o dinheiro da ajuda externa é ou não libertado, garantindo que o Governo não quer castigar os portugueses, quer, sim, atingir as metas estabelecidas.
«Aquilo que são os objectivos em termos orçamentais para este ano, não mudaram. Aquilo que são os objectivos orçamentais para o ano, não mudaram. Aquilo que mudou foi que quando este Governo tomou posse encontrou um desvio de 1,1 por cento do PIB, foi isso que mudou», justificou.
«Este Governo não quis ter mais austeridade, nós temos é que chegar aquilo que nos comprometemos», sublinhou Carlos Moedas.