O governador do Banco de Portugal indicou que a recessão deve ficar acima dos dois por cento em 2011. O primeiro-ministro fala numa contracção da economia entre 2,2 e 2,3 por cento.
O governador do Banco de Portugal está convencido de que a recessão em 2011 será superior a dois por cento, o que fará com que a previsão de crescimento português para o próximo ano sofra uma descida.
No Parlamento, Carlos Costa garantiu que as previsões do Banco de Portugal a serem anunciadas a 6 de Outubro vão indicar um agravamento do cenário macroeconómico relativamente a anteriores previsões.
«Ninguém espere um cenário melhor do que a previsão anterior, porque se assistiu a uma degradação externa da economia e uma ligeira descida das exportações», acrescentou.
Também na Assembleia da República, o primeiro-ministro aproveitou para corrigir uma citação atribuída ao secretário de Estado Carlos Moedas, no Fórum TSF, segundo a qual a recessão poderia chegar perto dos 2,5 por cento.
«Ele nunca afirmou que a recessão seria de 2,5 por cento no próximo ano. Foi o jornalista que apontou esse número e não o secretário de Estado que o avançou», acrescentou Pedro Passos Coelho.
Segundo o chefe de Governo, Carlos Moedas disse que «para o ano a perspectiva que tínhamos de contracção de 1,8 não é mantida por razão estritamente externa, foi já objecto de interacção com a troika e será revista em alta entre 2,2 e 2,3».