Em entrevista à TVI, o chefe de Estado defendeu ainda que Portugal pode ser um caso de sucesso e que a recuperação económica poderá começar na segunda metade de 2012.
O Presidente da República espera que o Governo mobilize os empresários para que estes exportem mais e captem mais investimento estrangeiro, considerando que é «preciso um sinal para apoiar os que exportam e que produzem mais para se importar menos».
«Acho que o acento tónico tem de ser concentrado mais, a partir de agora, na produção, exportação, investimento e na atracção do investimento estrangeiro», explicou Cavaco Silva na primeira entrevista que concedeu desde que foi reeleito em Janeiro.
Na TVI, Cavaco defendeu ainda que Portugal pode vir a ser um caso de sucesso e vai conseguir alguma recuperação económica, recuperação para a qual o chefe de Estado espera que existam alguns sinais na segunda metade de 2012.
Embora tenha frisado a necessidade de se cumprirem os objectivos estabelecidos no acordo assinado com a troika, Cavaco Silva recordou que poderão existir ajustamentos nesse acordo, nomeadamente no que diz respeito à Taxa Social Única.
«Temos de respeitar o que negociámos e eventualmente conseguirmos alguns aperfeiçoamentos como aquela sugestão que penso que foi incorrecta feita em relação à TSU», cuja redução Cavaco Silva entende que deve ser feita de forma selectiva e não generalizada.
Nesta entrevista, o Presidente da República considerou que a troika foi longe demais em relação às exigências feitas à banca e defendeu a acção do actual Governo, muito embora tenha chamado à atenção para o cuidado necessário em relação à privatização da TAP.
«É preciso ter muito cuidado na privatização da TAP devido ao serviço público para as ilhas e para além disso aos países africanos de língua oficial portuguesa», concluiu.