A UGT marcou um plenário de dirigentes e activistas sindicais para 27 e 28 de Outubro, em Lisboa, com vista a discutir a actual situação económica e social e a decidir eventuais acções de luta.
A decisão foi tomada pelo Secretariado Nacional da central sindical e integra uma resolução em que a UGT exige ao Governo a apresentação de uma proposta global para o crescimento, a competitividade e o emprego, e a sua discussão em concertação social.
«Contamos ter neste plenário 400 ou 500 sindicalistas de todo o país para discutir a crise, os salários e o emprego e discutir formas de luta para defender os postos de trabalho», disse o secretário-geral da UGT em conferência de imprensa esta quinta-feira.
O plenário foi agendado no dia em que Governo e parceiros sociais voltaram a sentar-se à mesa das negociações no âmbito da concertação social para analisar propostas para o crescimento e competitividade.
«Não há negociação séria enquanto o Governo não apresentar propostas sérias», disse o secretário-geral da UGT.
João Proença acusou o Governo de, no âmbito do processo negocial em curso na concertação social, apresentar apenas propostas avulsas centradas na legislação laboral e esquecer o crescimento e o emprego.
«Não contem com a UGT para liberalizar os despedimentos e desregulamentar a área laboral», afirmou.
O líder da UGT criticou ainda o Governo pela forma como apresentou a possibilidade de 35 mil desempregados serem contratados por empresas, com o financiamento do Estado, durante seis meses sem quaisquer garantias de emprego ou de formação.
«Aparentemente isto visa a rotação de efectivos de seis em seis meses e vai claramente aumentar a precariedade», afirmou.