Celebra-se esta segunda-feira o Dia Mundial da Arquitectura. A Ordem dos Arquitectos vai assinalar a data com várias iniciativas. A primeira decorre em Matosinhos com o lançamento da 7ª edição do Prémio Fernando Távora.
Até ao fim do mês a Ordem dos Arquitectos promove conferências, cinema e exposições. Para hoje o início das comemorações vai estar ligado ao lançamento do Prémio Fernando Távora, onde vai estar Marta Pedro, uma arquitecta de 30 anos que se formou em Coimbra e trabalha actualmente numa universidade em Tóquio.
O projecto de investigação "A Song to Heaven ou o Japão Sublime em Frank Llyod Wright" valeu a Marta Pedro o Prémio Távora, uma bolsa no valor de seis mil euros que vai receber esta segunda-feira em Matosinhos.
«Acho que a arquitectura portuguesa tem tudo para ter um futuro bom, muito bom, melhor do que se pensa», adianta Marta Pedro, salientando que esta é apreciada em todo o mundo e que é preciso ter uma nova atitude em relação à área.
A vencedora do Prémio Távora reconhece que o estrangeiro está a ser a única opção para muitos jovens arquitectos, mas desdramatiza uma expressão de que não gosta «a fuga de cérebros».
«Somos cidadãos do mundo e acho que a mobilidade é uma oportunidade belíssima, para trocarmos conhecimentos e abrir portas», considera.
Outro arquitecto José António Barbosa, 40 anos, foi muito aplaudido pelo desenho do edifício Vodafone, no Porto, um projecto que fez a meias Pedro Guimarães.
Em declarações à TSF, José António Barbosa sublinha a qualidade dos arquitectos portugueses, lembrando que devido à crise têm poucas oportunidades de desenvolver o trabalho em Portugal e por isso arriscam a sua sorte no exterior.