O canadiano Ralph Steinman, um dos três investigadores galardoados hoje com o prémio Nobel da Medicina, pelos trabalhos sobre o sistema imunitário, morreu na sexta-feira.
Desde 1974 que os Nobel não podem ser concedidos a título póstumo, a não ser que o laureado morra durante o período entre o anúncio e a entrega do prémio.
No entanto, a Academia Sueca decidiu manter o Prémio Nobel da Medicina para o canadiano Ralph Steinman, lamentando que o investigador não tivesse a alegria de saber que era um dos distinguidos.
A Academia Sueca está agora a estudar uma forma de atribuir este prémio.
Em comunicado, a Universidade Rockfeller refere que «Steinman morreu a 30 de Setembro», acrescentando que ao investigador, de 68 anos, tinha sido diagnosticado com um cancro pâncreas há quatro anos.
Ralph M. Steinman nasceu em 1943 no Canadá, onde estudou biologia e química na Universidade McGill. Mais tarde, frequentou a Harvard Medical School, nos Estados Unidos.
Foi professor de imunologia na Universidade Rockefeller desde 1988 e também director do Centro de Imunologia e Doenças Imunes.
O norte-americano Bruce Beutler e o luxemburguês Jules Hoffmann partilharam o Nobel da Medicina 2011 com Steinman.
Os prémios Nobel, criados em 1895 pelo químico, engenheiro e industrial sueco Alfred Nobel (inventor da dinamite), foram atribuídos pela primeira vez em 1901.