O Fundo Monetário Internacional avisou, esta quarta-feira, que não exclui uma recessão ao nível mundial em 2012, face a um eventual retrocesso da actividade económica.
«Continuamos a esperar um crescimento em 2012, mesmo que modesto, mas a actividade poderá retroceder. Um risco de recessão não será excluído», admitiu António Borges, director europeu do Fundo Monetário Internacional (FMI), numa conferência de imprensa em Bruxelas.
O FMI diz também que já é tempo de resolver de uma vez por todas a crise da dívida e apela para uma política de relançamento da economia.
O FMI anunciou também hoje que já é «altura» de a Zona Euro encontrar uma solução para a crise da dívida soberana, alertando para o excessivo rigor que afetará o crescimento.
«É mais do que tempo de encontrar uma solução durável para a crise da dívida soberana na Zona Euro», escreve o FMI num relatório publicado hoje em Bruxelas.
Para isso «querer atingir alvos calculados em matéria de défice não deve fazer-se com risco de uma contracção a grande escala da actividade económica», acrescenta a instituição.
Neste espírito, o segundo plano de resgate da Grécia, decidido em Julho, deveria ser reexaminado, para que «se concentrasse mais numa dívida sustentável» a prazo para o país e numa «retoma do crescimento económico», adiantou António Borges.
Este responsável afirmou ainda ter «confiança» no pagamento da tranche de ajuda de 8 mil milhões de euros do primeiro plano de ajuda à Grécia.
«Estamos confiantes sobre o facto de chegarmos à uma saída positiva», afirmou o diretor do FMI para a Europa.