Política

PS pondera abster-se na votação do OE2012 (actual.)

António José Seguro Direitos Reservados

António José Seguro deixou a porta aberta a uma eventual abstenção na análise ao Orçamento do Estado e garantiu que a votação terá sempre em conta o interesse nacional.

O secretário-geral do PS afirmou, esta quinta-feira, que se o Governo não tivesse maioria os socialistas aprovariam imediatamente o Orçamento do Estado para 2012.

Segundo uma fonte do partido, António José Seguro justificou esta posição, na reunião da Comissão Política do PS, afirmando que os socialistas nunca deixariam Portugal sem orçamento.

Este argumento também foi usado por Passos Coelho, na altura líder da oposição, para fazer aprovar o Orçamento do Estado de 2011.

Contudo, Seguro disse que há um ano, com o país em dificuldades e com um governo minoritário, o actual primeiro-ministro dificultou as negociações.

O socialista deixou claro que o PS agirá em nome do interesse nacional e que fará distinção entre um sinal político e o conteúdo da proposta orçamental.

Francisco Assis, que disputou a liderança do partido com Seguro, já defendeu a abstenção, mesmo sem conhecer o documento.

O porta-voz do PS já fez saber que a decisão só será conhecida quando forem também conhecidas as contas do Governo.

Uma fonte socialista disse à TSF que António José Seguro fez questão de separar as águas, frisando que o que vem no Orçamento do Estado nem sequer tem um contributo socialista, porque o PS não foi chamado para esse efeito.

O Orçamento do Estado não estava na ordem do trabalhos desta reunião, que tem na agenda a situação financeira do PS e a situação política do país. Não é ainda certo que haja uma declaração oficial no final da reunião, que decorre no Largo do Rato, em Lisboa.

Notícia actualizada às 00:02.