Manuela Ferreira Leite entende que Portugal não vai conseguir fazer consolidação orçamental necessária até 2013. Já Campos e Cunha entende que é cedo demais para falar em alargamento do prazo para o ajustamento orçamental.
A antiga ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite mostrou-se convencida de que Portugal não vai ter a consolição orçamental com que se comprometeu feita até 2013.
«Estamos a tentar atingir os objectivos estabelecidos com a troika com medidas que não se repetirão. É evidente que quando chegarmos a 2013 podemos estar com os valores de acordo com os objectivos, mas está muito por fazer», adiantou a ex-líder do PSD.
Ferreira Leite, que defende a renegociação um alargamento do prazo para o ajustamento orçamental, prevê que a austeridade vá continuar e sublinha que a consolidação orçamental não estará feita, mesmo que os «números sejam aqueles».
Por seu lado, Pinto Balsemão entende que «seria excelente» poder fazer esta renegociação, mas duvida que esta possa ser conseguida, uma vez que «é preciso ser realista».
Já o ex-titular da pasta das Finanças, Campos e Cunha, entende ser prematuro falar nesta renegociação e frisa que o importante é cumprir os objectivos nos orçamentos de Estado de 2011 e 2012.
Para este ex-ministro do governo de José Sócrates, é também importante «tornar claro a determinação do Governo português e dos portugueses em resolver os seus problemas», apesar da ajuda externa.
«Se conseguirmos isso, se é mais seis meses ou um ano é um problema que se torna relativamente trivial e banal», concluiu.