Cavaco Silva vai falar hoje em Florença sobre «as lições da crise do euro», num discurso no Instituto Universitário Europeu onde voltará a insistir na necessidade de uma resposta europeia, pronta e eficaz no curto prazo.
«A causa desta crise não reside no tratado que instituiu o euro nem é culpa apenas dos Estados-membros com problemas de disciplina orçamental. A resposta tem de ser europeia, pronta e eficaz no curto prazo», escreveu o chefe de Estado na sua página na rede social Facebook na terça-feira.
Na mensagem, em que anunciava que a sua intervenção teria por tema «as lições da crise do euro», Cavaco Silva fez ainda questão de reafirmar que a actual crise é uma das «mais sérias da história da construção europeia».
Inserida no ciclo de conferências "A Europa em Debate" promovido pelo Instituto Universitário Europeu (IUE), a intervenção do chefe de Estado português irá assim centrar-se no actual momento europeu, nos desafios que a União Europeia tem pela frente, bem como na necessidade de uma maior liderança europeia.
Cavaco Silva, que sempre foi um europeísta convicto, tem ao longo das últimas semanas feito várias intervenções públicas sobre estes temas, nomeadamente no discurso que proferiu no 5 de Outubro, onde falou sobre a «encruzilhada» em que a Europa se encontra quanto ao seu futuro e defendeu que os «líderes europeus da actualidade têm de saber estar à altura dos ideais grandiosos de Jean Monnet ou de Robert Schuman».
Além da intervenção inserida no ciclo de conferências "A Europa em Debate", Cavaco Silva irá encontrar-se com estudantes e académicos portugueses que estão na instituição.
À noite, o presidente do IUE, Josep Borrel, o socialista catalão que foi ministro da Economia de Espanha e que presidiu ao Parlamento Europeu entre 2004 e 2007, oferece um jantar ao chefe de Estado português.