Saúde

Infarmed quer fim da comparticipação da pílula

Pílula Direitos Reservados

No Parlamento, Jorge Torgal defendeu o fim da comparticipação da pílula e da vacina do colo do útero e propôs ao Governo o reforço da capacidade de resposta dos centros de saúde.

O presidente do Infarmed defendeu, esta quarta-feira, o fim da comparticipação da pílula, dado que cada cem mulheres que vão à farmácia comprar a pílula apenas 17 levam receita médica.

«Entendemos que, no caso específico das pílulas e das vacinas, o que é pago ou dado gratuitamente pelo Estado não tem de ser pago ou dado segunda vez parcialmente para um grupo particular de cidadãos ou grupo menor de cidadãos a custos acrescidos», afirmou Jorge Torgal.

No Comissão Parlamentar de Saúde, Jorge Torgal defendeu ainda um princípio semelhante para a vacina do colo do útero, dado que se está coberta pelo Serviço Nacional de Saúde não existe razão para a sua comparticipação.

«As duas empresas que detêm a vacina e que fizeram aprovar na Agência Europeia do Medicamento uma extensão da indicação da vacina que diz apenas que a vacina quando administrada em senhoras até 46 anos não tem inconveniente para a saúde», lembrou.

Perante os deputados desta comissão, Jorge Torgal referiu que não é dito que «tem vantagens nem previne o cancro do colo do útero» e considerou que se deve pôr fim a esta pressão por parte da indústria farmacêutica.

O presidente do Infarmed confirmou ainda que propôs ao Governo que tome «medidas para reforçar a capacidade de resposta dos centros de saúde e, se for caso disso, as consultas de planeamento familiar», resposta que seria melhor do que apostar na comparticipação.

Redação