Josef Ackermann duvida que esta recapitalização seja uma «medida adequada para reduzir a crise da dívida pública» e entende que a «corrente sobre o debate de recapitalização é contraproducente».
O presidente do Deutsche Bank criticou fortemente a proposta do presidente da Comissão Europeia de convidar os bancos europeus a uma recapitalização de emergência, dado que duvida que esta seja uma «medida adequada para reduzir a crise da dívida pública».
Numa conferência de negócios organizada pelo Deutsche Bank, Josef Ackermann contestou a proposta de Durão Barroso e considerou que a «corrente sobre o debate de recapitalização é contraproducente».
«Por um lado, Durão Barroso envia a mensagem de que é mais provável um 'haircut' [reestruturação da dívida implicando perdas para os credores] e, por outro, como os meios necessários para uma recapitalização certamente não virão de investidores privados, são, em última análise, os Estados que terão de assumir os fundos, o que tornaria pior a crise da dívida», explicou.
A federação alemã dos bancos privados tinha feito uma crítica semelhante às propostas de Durão Barroso, que defendeu uma recapitalização «urgente» dos bancos para parar com o contágio da crise.