Para António José Seguro, as novas medidas de austeridade anunciadas pelo primeiro-ministro na quinta-feira ««representam um golpe fortíssimo na já debilitada classe média».
O secretário-geral do PS classificou as novas medidas de austeridade anunciadas pelo primeiro-ministro na quinta-feira como «violentas» e «injustas», lembrando que estas não constam no memorando da troika assinado por Portugal.
«Estas medidas representam um golpe fortíssimo na já debilitada classe média», frisou António José Seguro, que assinalou não terem existido «idênticos sacrifícios» na tributação do capital e dos lucros das grandes empresas».
No debate quinzenal desta sexta-feira, António José Seguro acusou o chefe do Executivo de fugir às promessas eleitorais que fez e garantiu que estas «não representam o caminho que o PS escolheria para Portugal».
«Estas são as suas escolhas, mas não são as escolhas do PS. As suas escolhas só podem surpreender os portugueses, porque não correspondem nem de perto nem de longe às promessas eleitorais que fez aos portugueses», frisou António José Seguro.
O líder socialista mostrou-se também em desacordo com o aumento do IVA na restauração e com os cortes nos subsídios de férias e Natal dos funcionários públicos e pensionistas, tendo assinalado que não ouviu de Passos Coelho «nem uma palavra sobre corte nas gorduras do Estado».
«A Taxa Social Única que, segundo o primeiro-ministro, estava preparada e que iria ser imediatamente concretizada, pois bem na quinta-feira ficou a saber-se que a varinha mágica deste Governo para a competitividade afinal era relegada para as calendas gregas. Ganhou as eleições com umas promessas, mas está a executar outro programa», concluiu.