Álvaro Santos Pereira entende que a «vida para além da austeridade» implica que as reformas avancem e que acabe a dependência dos subsídios do Estado.
O ministro da Economia sublinhou, esta terça-feira, «com veemência e sem hesitações» que «há vida para além da austeridade», muito embora tenha admitido que a «austeridade do Estado é fundamental para que a nossa economia recupere».
Para Álvaro Santos Pereira, «a vida para além da austeridade chama-se combate à subsidiodependência, que reina no nosso país, chama-se reformar sem medo e receios contra os lobbies instalados, contra o proteccionismo serôdio, contra os interesses acomodados».
«Por outras palavras, as reformas económicas não podem esperar», adiantou o titular da pasta da Economia, que lembra que «nada pode ficar como estava sob pena de não conseguirmos voltar a crescer».
Álvaro Santos Pereira explicou também que o «esforço que se pede aos portugueses é proporcional às reformas que estamos a fazer».
«Não se pode pôr a economia a crescer por decreto. Se o pudéssemos fazer certamente que todos nós já teríamos escrito esse decreto ou feito os despachos necessários para pôr a economia a crescer», acrescentou.
Para chegar a este crescimento, o Ministério da Economia entende que é preciso «alterar estruturalmente o enquadramento competitivo da economia portuguesa, designadamente através da utilização do QREN para alavancar investimentos e promover a competitividade».
Álvaro Santos Pereira pretende ainda «dar prioridade total às exportações» e diminuir as importações.