Perante o OE2012, Francisco van Zeller diz que só uma minoria de empresas vai conseguir sobreviver. Já João Salgueiro afirma que falta mobilizar os portugueses para a necessidade de poupar.
O presidente do Conselho para a Promoção da Internacionalização mostrou-se convicto de que, depois da crise, a economia portuguesa estará mais forte porque, no final, só as empresas mais robustas vão sobreviver.
Num comentário ao Orçamento do Estado para 2012 (OE2012), Francisco van Zeller considerou que estão em perspectiva despedimentos, devido à necessidade de reestruturação das empresas.
«As empresas não são as mais atingidas, exactamente porque a nossa salvação só pode estar nelas, mas vão ser exigidos muitos acertos nas indústrias e empresas, infelizmente pela via do desemprego», disse Van Zeller, à margem da Conferência Antena 1/Jornal de Negócios sobre o Estado e a Competitividade da Economia portuguesa.
O ex-patrão da CIP sublinhou que o OE2012 «não traz boas notícias para ninguém», dando como exemplo o aumento dos impostos e o corte nos subsídios.
Para evitar os despedimentos, van Zeller admitiu que os privados possam acabar por seguir o exemplo do Estado ao cortarem os subsídios de Natal e férias.
Sobre o alargamento em meia hora do horário de trabalho para o sector privado, van zeller disse que «meia hora não fará nada», considerando que o caminho passa por apostar na exportação.
Já o economista João Salgueiro defendeu que é preciso mobilizar os portugueses para a necessidade de poupar.