A agência de notação reduziu hoje o rating a dez comunidades autónomas espanholas, duas províncias bascas e três empresas públicas, baixando uma das regiões, Castela la Mancha, em cinco escalões para o nível considerado "lixo".
A decisão da agência de rating foi anunciada 24 horas depois de ter anunciado uma descida da nota da dívida soberana espanhola, em dois níveis, também com perspectiva negativa.
O maior golpe nas descidas hoje anunciadas foi para Castela la Mancha a quem a Moody's desceu o rating em cinco níveis, de A3 para Ba2, considerado lixo.
Foram ainda afectadas Extremadura, Galiza e Madrid, com uma descida de dois níveis na dívida a longo prazo, para A, com perspectiva negativa; Catalunha, de Baa1, com perspectiva negativa, e Andaluzía e Castela Leão, de Aa3 para As.
A decisão abrange ainda Múrcia, que passou de A2 a Baa1, e Valência, que passou de A3 para Baa2.
Além das comunidades autónomas, a Moody's cortou o 'rating' ao País Basco, à Deputação Foral de Guipuzcoa e à de Vizcaya em dois níveis, de Aa1 para Aa3, também com perspectiva negativa.
A Moody's explica o corte com os mesmos argumentos que usou para justificar a descida na nota da dívida espanhola.
Na noite de terça-feira, a Moody's explicou que decidiu reduzir o rating à Espanha devido à vulnerabilidade do país perante a situação actual, à falta de uma solução «credível» para a crise da dívida, ao previsível travão no crescimento da economia espanhola e ao potencial incumprimento dos requisitos do défice.
Neste último aspecto, a Moody's destaca particularmente as «sérias preocupações» com a situação financeira dos governos autonómicos e a sua capacidade de cumprir os objectivos do défice.