Política

KPMG acusa Paulo Campos de utilização indevida da imagem da consultora

Paulo Campos dr

Na carta que enviou ao presidente da Comissão de Economia e Obras Públicas, o administrador da KPMG acusa ainda Paulo Campos de ter atribuído à empresa relatórios que não são dela.

Paulo Santos, administrador da consultora financeira KPMG, enviou uma carta ao presidente da Comissão de Economia e Obras Públicas, onde Paulo Campos foi ouvido esta semana e respondeu a questões sobre a renegociação dos contratos com as ex-SCUT, com a maioria de direita a acusar o Governo anterior de ter lesado o Estado com esse negócio.

Na carta enviada à comissão, a KPMG considera que «existem indícios de utilização indevida da imagem» da empresa, quando Paulo Campos apresentou um «conjunto de gráficos e outros elementos de análise» com uma capa com o logótipo da consultora.

Na mesma carta pode ler-se que, «nenhum dos gráficos ou dos relatórios é da autoria» da mesma.

Paulo Santos, o administrador, refere ainda que foram atribuídos à KPMG um «conjunto de factos e conclusões que não correspondem a nenhum dos relatórios emitidos pela firma a pedido das Estradas de Portugal».

O documento acrescenta ainda que a KPMG presta consultoria financeira às Estradas de Portugal «desde 2001», tempo de António Guterres. Isto porque, na comissão, Paulo Campos afirmou que tinha sido António Mexia, enquanto ministro das Obras Públicas de Santana Lopes, a assinar o contrato com a consultora.