À TSF, o líder do PS sublinhou a necessidade de avançar já com Eurobonds. Uma medida rejeitada pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho no encontro que teve com a chanceler alemã.
Portugal não vai ter que renegociar a dívida, como aconteceu com a Grécia. É pelo menos esta a esperança e a convicção de António José Seguro.
«Eu tudo tenho feito para que Portugal não siga o caminho da Grécia. Gosto demais do meu país para desejar que lhe aconteça uma situação dessas. Até ao momento, não encontro nenhuma razão para que o Governo não cumpra com as obrigações que nos assistem», sublinhou.
Estas declarações à TSF surgem na sequência do Conselho Europeu, onde foi decidido perdoar 50 por cento da dívida grega, recapitalizar os bancos e reforçar o Fundo Europeu.
O líder do PS considera que estes são «passos importantes», mas não suficientes.
«Há um conjunto de outros problemas que têm a ver com a necessidade de promover o crescimento económico, de promover a criação de emprego, que não constam da agenda do Conselho Europeu», destacou.
A Europa, diz Seguro, precisa de um governo económico com um orçamento reforçado e com instrumentos que possam introduzir uma maior coordenação nas políticas da zona euro.
Por outro lado, o líder da oposição defende a adopção urgente de eurobonds, os títulos de dívida europeus.
«Não só para mutualização da dívida mas também para lançamento de financiamento de investimentos públicos que sejam auto-sustentáveis no curto prazo. Um país como Portugal precisa urgentemente de se bater e defender a emissão de Eurobonds. Lamento muito que o primeiro-ministro tenha sido convencido pela chanceler Merkel e tenha mudado de opinião», defendeu.
Sublinhando que também importante é criar uma agência de rating europeia, António José Seguro considera que a nível nacional é preciso não esquecer a necessidade de financiamento das empresas.