O Ministério da Economia e do Emprego anunciou a abertura de dois inquéritos ao incidente de 24 de Outubro no aeroporto de Faro, um dos quais à forma como os passageiros foram tratados.
O outro inquérito será levado a cabo pelo Laboratório Nacional de Energia Civil (LNEC) e tem como objectivo uma análise detalhada à estrutura que ruiu na sequência do forte temporal que se abateu sobre a região de Faro na madrugada de segunda-feira, segundo um comunicado do ministério divulgado esta sexta-feira.
O inquérito que prevê o apuramento de responsabilidades à forma como as autoridades que gerem o aeroporto responderam às necessidades dos passageiros afectados será feito pelo Instituto Nacional da Aviação Civil (INAC).
O Ministério da Economia pediu também à ANA - Aeroportos de Portugal a elaboração de um relatório pormenorizado sobre as vulnerabilidades de todas as infra-estruturas aeroportuárias do país a fenómenos naturais semelhantes.
O ministério tutelado por Álvaro Santos Pereira solicitou ainda à ANA que disponibilize uma "linha verde" em português e inglês aos passageiros afectados e reforce a sinalização de acesso à estrutura de apoio entretanto montada.
Um fonte do ministério revelou esta sexta-feira à Lusa que o ministro Álvaro Santos Pereira «estranhou a forma como os passageiros foram atendidos e a pouca atenção dada às pessoas que estavam a ser afectadas por aquela situação».
«Não se compreende que, numa situação daquelas, não tenha havido um esforço coordenado para dar algum conforto às pessoas, nomeadamente fornecendo alimentos e colchões», refere a mesma fonte.
O Ministério estranhou ainda a falta «de um esforço de coordenação» da ANA com as autoridades que gerem o Turismo e as estruturas da região «para tentar suprir aquela situação anómala».
«Reconhecemos que a situação era muito stressante e que, além de tudo o que estava a acontecer, o aeroporto de Faro ainda teve de receber um voo low cost desviado de Málaga, mas devia ter sido dada mais atenção às pessoas», concluiu a fonte.