O administrador da KPMG acusou, esta sexta-feira, o ex-secretário de Estado das Obras Públicas e a Estradas de Portugal de uso abusivo da marca da empresa de consultoria.
Numa sessão de duas horas e meia na comissão parlamentar da Economia e Obras Públicas, o administrador da empresa de consultoria KPMG desmentiu Paulo Campos, reafirmando que a empresa é alheia ao estudo e às conclusões retiradas pelo deputado relativas à actuação do Governo PS em matéria de SCUT.
Paulo Santos quis separar as águas e apresentou um estudo da KPMG, que disse ser verdadeiro, e o que Paulo Campos apresentou, frisando que os dois não têm nada a ver um com o outro.
«Considero a carta feito pelo engenheiro Paulo Santos e a intervenção que aqui fez totalmente precipitada, algo leviana nas conclusões», devolveu o socialista Rui Pedro Figueiredo.
Paulo Santos acusou a empresa Estradas de Portugal e Paulo Campos de uso abusivo da marca e do trabalho que a KPMG fez.
Nessa altura, Paulo Campos quis fazer a «defesa da honra».
«O Bloco de Esquerda vai abandonar esta audição e regressa à reunião quando for ouvido o secretário de Estado [das Obras Públicas, Transportes e Comunicações] para discutir política», afirmou a deputada bloquista Catarina Martins.
Antes de anunciar o abandono da reunião, a deputada do BE pediu ao presidente da Comissão Parlamentar que não tornasse a audição «numa conferência de imprensa de uma consultora».
Durante a audição, o administrador da consultora Luís Magalhães fez saber que «a KPMG está a reavaliar a relação que está disponível para ter com a Estradas de Portugal enquanto a administração for a atual».