O íman Abubakar Shekau defendeu que a "guerra santa" é a única forma de os muçulmanos na Nigéria conseguirem mudanças e instou os seus seguidores do grupo Boko Haram a continuarem com os assassinatos.
Em gravação áudio de um sermão, citada pela agência noticiosa AP, o íman afirma: «Quem quer que matemos, matamos porque Alá diz que devemos matar e nós matamos por um motivo».
Um suicida fez explodir uma bomba esta sexta-feira numa base militar, enquanto explosivos foram detonados na zona de Maiduguri. Os dois ataques tiveram a marca de Boko Haram.
O grupo atacou em Agosto a sede das Nações Unidas na Nigéria e é encarado como a mais grave ameaça à segurança deste país rico em petróleo e com uma população de 160 milhões de pessoas.
Segundo a AP, o grupo estará dividido em três facções, com a mais radical a recusar qualquer acordo de paz e a pretender a aplicação da lei islâmica ("sharia").
A divisão já teve consequências, com um representante da facção moderada que negociou em Setembro com o antigo presidente nigeriano Olusegun Obasanjo, a ser assassinado.
Um levantamento da AP indica ainda que só este ano o grupo Boko Haram terá morto pelo menos 247 pessoas.