Política

Jerónimo acusa Seguro de se render ao Orçamento

Jerónimo de Sousa a discursar na reunião dos comunistas de Lisboa Global Imagens

O líder do PCP considerou que António José Seguro, ao anunciar a abstenção socialista no Orçamento, está a «dizer sim à política de direita e ao pacto de agressão que atinge o povo português».

O secretário-geral do PCP acusou, este sábado, o líder do PS de se render ao Orçamento ao anunciar que os socialistas se iriam abster na votação do Orçamento de Estado.

«Com esta posição, o PS não está em cima do muro, não está a dizer nim, está a dizer sim à política de direita e ao pacto de agressão que hoje atinge o povo português», considerou Jerónimo de Sousa.

O líder comunista reiterou ainda as críticas ao que chama um roubo disfarçado de ajuda, já que o «valor dos juros a pagar pelo país é de 34,4 mil milhões de euros num empréstimo de 78 mil milhões de euros a que cinicamente chamaram de ajuda».

«Ou seja, pediram 78 mil milhões e o país e o povo vão pagar mais de 110 mil milhões», lembrou Jerónimo de Sousa, acompanhado por uma forte vaia dos que o ouviam.

Na reunião dos comunistas de Lisboa, o secretário-geral do PCP não esqueceu ainda a promessa de redução das remunerações dos gestores públicos, que considerou ter sido acompanhada de «tanta campanha, tanta propaganda e tanta mentira».

«É ver agora Portas e Passos a dizerem o contrário do que disseram, mantendo os tachos dos amigos, dos compadres e dos favoritos nas empresas públicas», sublinhou.

Jerónimo de Sousa considerou ainda que «Passos Coelho e Paulo Portas seguem o exemplo de Pinochet no Chile ou da senhora Thatcher no Reino Unido como verdadeiros carrascos do sistema de transportes».