O ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, afirmou hoje que os trabalhadores têm direito à greve, mas sunlinhou que o Governo tentará «minimizar» esse impacto e «salvar estas empresas e empregos».
No final da entrega de prémios da iniciativa Exportação & Internacionalização, organizada pelo Banco Espírito Santo (BES) e pelo Jornal de Negócios, questionado sobre o impacto das paralisações parciais no sector dos transportes, convocadas para esta terça-feira, o ministro sublinhou que os trabalhadores têm direito à greve, mas que estas «têm inconvenientes para a vida das pessoas».
Quanto ao que está em causa nesta altura, o ministro Álvaro Santos Pereira não tem dúvidas: trata-se de salvar postos de trabalho.
«A reestruturação destas empresas é essencial, são os postos de trabalho que estão em causa. Agora, obviamente, temos todos que estar neste processo com sentido de responsabilidade e de conseguirmos levar a cabo a reestruturação do sector, que se não for feita as empresas vão à falência», referiu.
Esta terça-feira, os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa estarão em greve entre as 6h00 e as 10h00.
Na CP - Comboios de Portugal e na CP Carga, haverá dois períodos de greve: um entre as 5h30 e as 8h30 e outro entre as 17h30 e as 20h30.
No transporte rodoviário, na Carris e na Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) os trabalhadores paralisarão entre as 10h00 e as 16h00.
Na Transtejo e na Soflusa, empresas que asseguram a travessia fluvial entre as duas margens do rio Tejo, em Lisboa, haverá plenários de trabalhadores com paralisações entre as 14h00 e as 17h30.