Economia

Portugueses não tencionam cortar nas despesas de Natal

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Apesar da crise e do imposto especial sobre o subsídio de Natal deste ano, os portugueses não tencionam cortar significativamente no orçamento de Natal.

O barómetro anual da Deloitte sobre gastos na quadra natalícia mostra que as previsões de poupança dos portugueses no orçamento do Natal não vão além dos oito por cento, valor que contrasta com o da Grécia.

Os gregos tencionam reduzir o orçamento de Natal em 22 por cento, prevendo gastar, em média, 319 euros.

Já os portugueses destinam para as despesas de Natal, em média, 530 euros, 346 dos quais para presentes, 141 para gastos adicionais com alimentação e 43 para outros bens e serviços.

Estas despesas são também superiores, por exemplo, às previstas pelos alemães, polacos ou holandeses.

«Independentemente do clima económico, os portugueses continuam a dar importância à quadra festiva», por isso o orçamento que dedicam ao Natal «continua a ser superior» ao gasto por pessoas que vivem em países «com maior riqueza e com um clima económico mais favorável», disse Pedro Miguel Silva, da Deloitte, assinalando que esta tendência já vem de anos anteriores.

Contudo, apesar dos gastos previstos, os portugueses estão mais pessimistas do que nunca em relação ao futuro, devido ao «clima económico actual».

De acordo com a Deloitte, 72 por cento dos consumidores portugueses acredita que 2012 vai ser mais negativo do que este ano.

Pedro Miguel Silva identifica uma «resiliência que se mantém na mente dos portugueses relativamente à celebração da quadra festiva». Ou seja, o «impacto e sensibilidade» relativamente à crise «não é tão grande como podia ser esperado», acrescentou.

As vontades dos portugueses no que toca a presentes de Natal não andam muito longe das dos outros europeus. Praticamente todos querem receber dinheiro, livros e viagens e dar perfumes, chocolates e roupa.

O estudo da Deloitte foi realizado em Setembro junto de 850 portugueses. As respostas não reflectem ainda as medidas de retenção dos subsídios de férias e de Natal de 2012 e 2013 dos funcionários públicos e pensionistas, nem o aumento da carga fiscal.

Redação