É um dos orçamentos mais exigentes da democracia portuguesa. É a resposta «à situação de emergência nacional». São palavras do ministro Vítor Gaspar na Assembleia da República.
O ministro das Finanças reiterou que durante dez anos Portugal viveu acima das possibilidades. O caminho é estreito e nesta altura o Governo não pode garantir que o esforço dos portugueses seja suficiente para garantir o ajustamento dada a turbulência internacional.
«A severidade das medidas que incorpora apenas é justificada pela situação de emergência nacional, embora não possamos garantir que o esforço a realizar por Portugal seja por si só suficiente para assegurar o sucesso do ajustamento dada a nossa vulnerabilidade aos desenvolvimentos externos», salientou.
Vítor Gaspar deixou claro que pode não ser suficiente o facto de Portugal cumprir aquilo que determinou com a "troika" de fazer bem o trabalho de casa.
«Embora não possamos garantir que o esforço a realizar por Portugal seja por si só suficiente para assegurar o sucesso do ajustamento, dada a nossa vulnerabilidade aos desenvolvimentos externos, é inquestionável que o ajustamento interno é condição fundamental para viabilizar o sucesso do programa».