Nelson esteve lesionado durante praticamente seis meses, mas admite que o pior já passou e é com desassombro que olha para os próximos passos na carreira. À TSF, o jogador confessa mesmo que «sonha todos os dias em estar no Euro2012».
Pouco lhe importa o facto de Bosingwa ter renunciado, enquanto o treinador for Paulo Bento, ou ainda que a pubalgia de Sílvio possa criar uma vaga entre os convocáveis.
«O que me pode ser favorável é voltar a jogar. Sei do que sou capaz e sei do meu valor. Sinto-me jogador da selecção. Mas para voltar tenho que estar ao meu melhor nível. Se conseguir chegar ao mais alto nível as portas da selecção podem abrir-se outra vez», afirmou à TSF.
«Já demonstrei que tenho capacidade para estar aí. É dessa forma que eu penso. Não penso nas baixas que possam haver para chegar à selecção, mas sim na valorização do meu trabalho e poder chegar aí orgulhoso de que fiz tudo para chegar à selecção», reforçou.
Ao sentar-se no sofá, logo à noite com a família (marcou viagem hoje para Portugal), o jogador do Bétis de Sevilha vai torcer pelo sucesso dos companheiros. É neles que reside a responsabilidade de disputar em Zenica a primeira mão deste play-off, marcado por um ambiente hostil e jogado um relvado em mau estado.
Nada que atrapalhe as aspirações portuguesas, na opinião de Nelson. «Eles estão preparados fisica e mentalmente para chegar lá e fazer um bom resultado, conseguindo a partir daí dar um passo em frente rumo à qualificação. Portugal tem jogadores que estão habituados à pressão e que jogam em grandes clubes».
O lateral direito português regressou ao Bétis de Sevilha, depois de uma passagem pelo Osasuna, por empréstimo, na principal Liga espanhola.
Em Maio uma lesão grave num tornozelo, ao serviço do clube de Pamplona, surgiu exactamente no momento em que Paulo Bento lhe concedia espaço e lhe dava uma oportunidade para se afirmar na selecção nacional.
Agora, já recuperado no Bétis de Sevilha, aposta em garantir a titularidade no clube andaluz. Esse é mesmo o objectivo primordial.
Nelson diz que sentiu sempre o apoio de Paulo Bento, em todos estes meses que esteve parado. Quando não foi o seleccionador a falar-lhe directamente, outros membros da equipa técnica nacional fizeram questão de manter a proximidade com palavras de incentivo.
«Fiquei muito satisfeito, feliz quando o 'mister' me ligou para falar sobre a minha lesão e dar-me ânimo. Ultimamente, tenho falado também com outras pessoas que trabalham com ele, que me têm motivado bastante, o que agradeço».