O primeiro-ministro considerou, este sábado na Golegã, que a emissão de mais moeda por parte do Banco Central Europeu (BCE) não é solução para os problemas da Europa.
O primeiro ministro entrou na discussão sobre o papel do BCE na crise das dívidas europeias e contrariou a posição defendida por Cavaco Silva.
O Presidente da República tem dito que o BCE deve ter uma intervenção ilimitada no mercado dos países com economias mais fracas.
Já o chefe do Governo entende que o papel do banco central não é resgatar os países mais fracos. «Se o BCE tivesse por função resolver o problema dos países indisciplinados imprimindo mais euros seria um péssimo sinal que daríamos a toda a gente», vincou.
«Estaríamos a dizer a todos os países da Europa: façam uma execução orçamental sem rigor, gastem o que não têm, não se preocupem com a disciplina dos vossos orçamentos, gastem o que for necessário, que depois o BCE imprimirá mais dinheiro para todas as necessidades», comentou.
Passos Coelho recordou que isso já aconteceu na Europa e resultou «numa guerra muito forte».