À TSF, José Carlos Abrantes, provedor do telespectador da RTP, afirmou que não se opõe à ideia de reduzir o volume informativo nos canais do estado, mas não concorda com o fim da publicidade e da ERC.
O provedor José Carlos Abrantes admite ser «mais favorável a uma informação, sobretudo na RTP1 que tenha meia hora por exemplo. O facto dos noticiários se estenderem por uma ou duas horas obivamente que torna os critérios mais ligeiros», ou seja, «pode ocupar-se mais tempo com uma notícia que poderá falar de coisas que não são essenciais».
O provedor do telespectador já não concorda, no entanto, com o fim da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) e da publicidade no serviço público.
«A publicidade para além de ter o valor comercial também tem valor do ponto de vista da linguagem, portanto acho que é uma perda. Também a ERC não deve ser suprimida porque os media precisam de uma regulação, deve sim ser mudada a forma de nomeação», referiu José Carlos Abrantes.
Também Francisco Rui Cadima, antigo presidente do Observatório da Comunicação Social, está contra a ideia de acabar com a ERC, defendendo aliás que deve haver maior regulação.
«Discordo que a ERC seja extinta, acho que deve existir um regulador», sublinhou.
Quanto à extinção do da RTP Informação, Francisco Rui Cadima não tem objecções, considerando que atendendo às dificuldades que o país atravessa também será razoável o fim da RTP Açores e Madeira.