O presidente da CIP alerta que está na hora de repensar o Ministério da Economia, para que a situação de emergência das empresas possa ter uma resposta igualmente urgente.
António Saraiva, que falava esta quinta-feira, disse que o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, tal como a da Agricultura, é um «super ministro» e tem uma «tarefa gigantesca».
Na opinião do presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), é preciso repensar o Ministério da Economia face à globalização e à posição de Portugal na Europa.
Em vez de um Ministério «porta-aviões», é necessário um gabinete «mais pequeno e mais flexível», porque «precisamos de barcos mais ligeiros e mais velozes», advogou.
António Saraiva disse ainda que «o beneficio da dúvida» relativamente ao ministro da Economia esgotou-se, porque «a emergência é tal que se nada for feito nos próximos dois/três meses, a maior parte das empresas» que já estão em dificuldade «não vão sobreviver», trazendo com isso «mais desemprego» e «perdas de produto do próprio país».
«O Governo tem actuado, no seu todo, com algum compasso de espera», considerou o líder da CIP, para quem o Ministério da Economia devia ter ligado a um «acelerador com turbo» com vista a «recuperar o tempo perdido».
«A velocidade do Governo já não é suficiente para a emergência em que vivemos», reforçou.