Desde Janeiro, os números da sinistralidade rodoviária estão a diminuir, contudo dentro das localidades o número de mortos aumentou. A crise pode estar a contribuir para este fenómeno.
A descida mais significativa aconteceu nos feridos graves, menos 13 por cento de casos, ou seja, menos 300 portugueses feridos com gravidade nos primeiros dez meses e meio do ano.
Nos feridos leves a diminuição chega aos 12 por cento, com menos 4500 pessoas feridas.
Até agora já morreram 601 pessoas, menos 35 do que em igual período do ano passado.
O presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária sublinhou, em declarações à TSF, a evolução positiva.
Paulo Marques referiu que ainda é cedo para perceber o que fez diminuir os acidentes, mas admitiu que crise e a necessidade de poupar nos combustíveis pode levar os portugueses a tirar o pé do acelerador.
«A redução da velocidade tem um influência muito significativa quer no número de acidentes, quer nas consequências desses acidentes. O cumprimento dos limites de velocidade mais não seja como resultado da crise que se está a viver tem contribuido para uma redução do número de acidentes, principalmente os graves», referiu.
No entanto, nem tudo são no entanto notícias positivas. A mortalidade aumentou dentro das localidades.
«Os dados que temos dos primeiros meses do ano permitem-nos concluir que tem havido uma diminuição do número de vítimas mortais nas auto-estradas e um aumento nos arruamentos urbanos», revelou Paulo Marques.
A descida dos acidentes com mortos e feridos graves ou leves em 2011 nas estradas portuguesas é ainda mais significativa porque no ano passado registou-se um ligeiro aumento.