Bruxelas anunciou ter recebido um pedido das autoridades da Hungria para uma possível ajuda financeira da União Europeia, um pedido «preventivo» enviado também ao FMI.
«A Comissão analisará a solicitação das autoridades em estreita proximidade com os Estados-membros da UE e o FMI [Fundo Monetário Internacional]", disse esta segunda-feira o executivo comunitário.
A Comissão liderada por Durão Barroso terá de analisar se a Hungria, que não integra a Zona Euro, cumpre as condições para receber a linha de crédito.
O Governo húngaro anunciou na quinta-feira que deu início a negociações para a obtenção de um novo empréstimo para assegurar os investidores.
Depois de uma semana negra para a Hungria, na sequência da colocação da sua notação financeira em perspectiva negativa pelas agências Standard & Poor's e Fitch na sexta-feira, o Ministério da Economia anunciou as negociações, contrariando a política governamental seguida até aqui de não dar continuidade aos empréstimos existentes na época do anterior Governo.
O ministério afirmou, citado pela agência espanhola EFE, que é «um novo tipo de acordo, já que não se trata de um empréstimo, mas sim de um seguro para aumentar a segurança dos investimentos na Hungria».
Na semana passada, o jornal britânico Financial Times alertava para os «medos de contágio» lançados por Budapeste, que, apesar de não estar no euro, tem sido afretada pela crise na região da moeda única em particular e na União Europeia em geral.
Segundo dados do FMI, a dívida da Hungria em 2010 atingiu os 80 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), estando a taxa de desemprego nos 11,2 por cento e a inflação nos 4,85 por cento. Em 2009, a Hungria sofreu uma contracção do PIB em 6,7 por cento, tendo recuperado 1,2 por cento no ano que se seguiu.