O primeiro-ministro publicou uma mensagem no Facebook em resposta às mensagens de frustração e desespero que diz receber. A esses portugueses, Passos pede que não deixem de acreditar.
Começando por desculpar-se pelo pouco tempo para responder às muitas, milhares de solicitações que tem recebido na sua página do Facebook, Pedro Passos Coelho nota que as mensagens de frustração e desespero multiplicaram-se desde que anunciou as medidas «mais duras» a 13 de Outubro.
O primeiro-ministro dá o exemplo de dois casos. Por um lado, de uma mulher, Ana Isabel que pede ajuda para esticar o orçamento familiar porque se já antes o dinheiro não chegava ao fim do mês, e só conseguia equilibrar as despesas com os subsídios de férias e Natal, agora vê-se obrigada a tomar apenas um banho por semana, ligar só uma lâmpada em casa e usar o carro em situações excepcionais.
Ora, Passos Coelho escreve que neste caso, como em tantos outros, os portugueses estão «assustados» mas não podem «fechar os olhos aos erros do passado».
Mais ainda agora que «o momento é de reescrever o futuro dos nossos filhos, e acredito que vamos consegui-lo», lê-se nesta publicação assinada pelo primeiro-ministro.
Por outro lado, «felizmente», escreve Passos Coelho, «há exemplos de pessoas inspiradoras que acreditam e não baixam os braços», para isso cita frases de outro caso. Um homem, Richard, que vai «gastar menos em coisas supérfluas e mostrar aos meus filhos que é assim que deve ser» e que por ele [Richard] «este barco não vai ao fundo».
É nessa deixa que o primeiro-ministro pega para rematar, escrevendo que «as dificuldades existem e têm de ser enfrentadas».
Passos despede-se com um «juntos, com trabalho, vamos conseguir».