A Roche ameaça suspender o fornecimento de fármacos a cinco hospitais. O ministro Paulo Macedo fala em mais uma herança do passado, prometendo porém conversar com a farmacêutica.
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, ficou surpreendido com a ameaça da farmacêutica Roche de suspender o fornecimento de medicamentos a cinco hospitais com grandes dívidas em atraso.
Paulo Macedo sublinhou, no entanto, que se trata de mais uma posição de força que decorre da herança recebida do passado, em todo o caso quer conversar com a Roche.
«As ameaças da Roche, as ameaças da hemodiálise, as ameaças de outros actores só querem dizer uma coisa: que as dívidas acumuladas a que se chegou, tornam o SNS (Serviço Nacional de Saúde), se não se tomarem medidas, totalmente insustentável», alertou o ministro.
Na passada sexta-feira, a Roche anunciou que vai alterar a sua política de crédito, a partir de 2 de Dezembro, junto de cinco hospitais, cujos nomes não revela, com dívidas acumuladas há mais de 750 dias.
A declaração do ministro da Saúde foi feita, esta tarde, à margem da apresentação do relatório do grupo de trabalho que esteve a ponderar medidas para melhorar a gestão dos hospitais que fazem parte do SNS.
Paulo Macedo anunciou que as conclusões vão agora ser submetidas a um processo de discussão pública e quer que todo o processo esteja concluído em 30 dias, no sentido de que o quadro actual comece a ser alterado já em 2012.