Portugal

Efeitos da greve geral começam a sentir-se já esta quarta-feira

Metro de Lisboa Direitos Reservados

Os utentes dos transportes públicos começam esta quarta-feira a sentir os primeiros impactos da greve geral, que vai afectar o funcionamento de aeroportos, comboios, barcos, autocarros e do metro de Lisboa.

O Metropolitano de Lisboa e a CP serão as primeiras empresas a verem os seus serviços afectados pela paralisação, escreve a Lusa.

No Metropolitano de Lisboa, a adesão dos trabalhadores à greve geral de quinta-feira terá impactos já hoje à noite. A empresa informou que vai suspender o serviço entre as 23:30 de hoje e a 01:00 de sexta-feira.

Também os utentes dos comboios da CP deverão sentir já esta quarta-feira os efeitos da paralisação convocada pelas centrais sindicais CGTP e UGT.

A empresa ferroviária prevê 'perturbações e algumas supressões de comboios» hoje ao final do dia.

Quanto a quinta-feira, a CP informou que, «apesar dos serviços mínimos decretados, que correspondem a menos de 20 por cento da oferta diária da empresa a nível nacional, haverá fortes perturbações em todos os serviços».

No que respeita ao transporte rodoviário, a Carris prevê assegurar na quinta-feira o funcionamento de 50 por cento do regime normal de 13 carreiras - 12, 36, 703, 708, 735, 738, 742, 751, 755, 758, 760, 767 e 790 -, bem como do transporte exclusivo de deficientes, decretados como serviços mínimos pelo Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social (CES).

Também a Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) vai garantir os serviços mínimos com o funcionamento de 50 por cento do regime normal das linhas 200, 205, 300, 301, 305, 400, 402, 500, 501, 508, 600, 602, 603, 701, 702, 801, 901, 902, 903, 905, 907, 4M e 5M.

No transporte fluvial, o grupo Transtejo/Soflusa, que assegura a travessia do rio Tejo, em Lisboa, informa que, «dado que não foram decretados serviços mínimos pelo Tribunal Arbitral do CES, a existência de transporte fica dependente da adesão à greve por parte dos trabalhadores».

Os efeitos da greve geral também se farão sentir no sector da aviação. O Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA), que representa os trabalhadores de assistência em terra nos aeroportos, vai juntar-se à paralisação, tal como o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo e da Aviação Civil (SNPVAC), que representa os tripulantes de cabine, e a Comissão de Trabalhadores da NAV, empresa de controlo aéreo.

Em dia de greve, circularão os táxis, uma vez que a Associação Nacional dos Transportadores em Automóveis Ligeiros (ANTRAL) não aderiu à paralisação.

A greve geral de quinta-feira foi marcada após o Governo ter anunciado novas medidas de austeridade, nomeadamente a suspensão dos subsídios de férias e de Natal na função pública, assim como o aumento do tempo de trabalho no sector privado.