Sem se referir à greve geral, o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, defendeu esta tarde que o país deve cultivar uma atitude positiva e dar um sobressalto cívico.
No Porto, no âmbito das comemorações dos 125 anos do Instituto Superior de Contabilidade e Administração, o governador do BdP afirmou, esta quarta-feira, que o futuro da sociedade portuguesa passa por um grande sobressalto cívico mais do que reivindicativo.
Num clima de recessão e de grandes sacrifícios, Carlos Costa fez um apelo ao esforço de todos para corrigir erros e ultrapassar obstáculos.
«É de facto necessário cultivar uma atitude positiva. Somos capazes de reconhecer os erros, mas também somos capazes de os corrigir, somos capazes de reconhecer os obstáculos, mas somos capazes de os superar. E sem isso, não há futuro para a sociedade portuguesa», declarou Carlos Costa.
«Se a sociedade portuguesa se constrói debaixo da ideia de que estamos à espera que o Estado nos diga o que fazer, esqueçam porque o Estado somos nós. Essa é uma questão básica que implica um sobressalto cívico que não é um sobressalto reivindicativo, é muito mais um sobressalto de consciência do que é preciso fazer», acrescentou.