A Câmara do Comércio Portugal-Moçambique pede às autoridades de Maputo para mudarem a lei do país e assim permitirem que mais portugueses possam emigrar para aquele país.
João Navega, presidente da Câmara de Comércio Portugal-Moçambique, aterra em Maputo com regularidade há 12 anos, um período em que registou mudanças aceleradas.
Na véspera da Cimeira Luso-Moçambicana em Lisboa, o empresário destacou a presença «em força» de chineses em «grandes obras e projectos» e de brasileiros em «grandes investimentos na área da extracção mineral». Destacou ainda a existência de um «parque automóvel que entope as ruas».
Tudo isto significa que «há uma classe média emergente» e um «grande desenvolvimento moçambicano», acrescentou.
Este crescimento económico leva cada vez mais empresários e trabalhadores portugueses a procurar Moçambique. «Há uma forte corrida de portugueses que vêm procurar uma alternativa de vida», disse.
O representante dos empresários pede, por isso, ao governo de Moçambique que não continue a limitar a contratação de quadros estrangeiros, nomeadamente portugueses, até porque há muitos quadros desempregados em Portugal que «podiam dar uma grande ajuda ao desenvolvimento de Moçambique».
Os empresários portugueses esperam que este tema seja debatido nas conversas entre os governos de Lisboa e de Maputo.
O presidente moçambicano, Armando Guebuza, que já está em Lisboa, fez questão de notar que o país precisa de profissionais para trabalharem nas explorações de carvão e gás natural e garantiu que o país oferece oportunidades de negócio em várias áreas.