Um grupo de piratas informáticos divulgou na Internet dados pessoais de uma centena de polícias de Lisboa. Os autores do ataque dizem é uma resposta à actuação da PSP no dia da greve geral.
A notícia é avançada pelos jornais Público e Correio da Manhã desta terça-feira.
Ao todo, 107 polícias viram os dados pessoais divulgados na Internet, mas os hackers ameaçam publicar os elementos de todo o efectivo da PSP.
O jornal Público escreve que o grupo, intitulado "Lulzsec Portugal", terá acedido ilegalmente aos computadores do Ministério da Administração Interna e copiado e divulgado os dados de uma centena de polícias de três esquadras de Lisboa, como nome, posto, número de identificação, local de trabalho, cargo desempenhado, número de telefone e email.
Estas informações constam da Rede Nacional de Segurança Interna, onde se incluem também os dados de outras forças tuteladas pelo Ministério de Miguel Macedo, como a GNR e os bombeiros.
O grupo de hackers, numa mensagem na Internet, justifica a divulgação com a actuação da polícia no dia da greve geral, em concreto na manifestação frente à Assembleia da República.
O gabinete de Miguel Macedo, ouvido pelo Público, não negou a quebra de segurança, mas recusou fazer qualquer comentário sobre a situação. Contactado esta manhã pela TSF, o Ministério da Administração Interna voltou a não querer comentar.
Nos últimos anos têm aumentado os ataques informáticos contra várias páginas electrónicas de instituições. O portal das Finanças e a distrital de Lisboa do PSD foram vítimas no dia da greve geral, mas antes já os chamados hackers se tinham divertido a alterar o site do Parque Temático da Madeira.