O clube da Arrábida está preocupado com as matilhas de cães vadios que andam pela serra, mas a autarquia garante que está já a aplicar todos os meios de que dispõe para capturar os animais, admitindo que constituem um risco para a saúde pública.
O vereador do ambiente, Manuel Pisco, afirmou, em declarações à TSF, que a Câmara de Setúbal está bem consciente do perigo para a saúde pública, garantindo também que tudo o que o que está ao alcance da autarquia já está a ser feito.
«Nós já estamos no limite, não temos nem meios, nem viaturas, nem jaulas, que estejam por usar, agora sabemos que só assim é capaz de ser difícil de controlar esta situação porque há alguma recuperação de animais naquela zona. Há cães que são lá colocados e depois também há pessoas que levam alimentação para vários locais da serra», revelou.
Manuel Pisco lembrou ainda que neste processo há outras entidades envolvidas, como a Direcção-geral de Veterinária e o Instituto de Conservação da Natureza.
«De facto é um risco para a saúde pública que é preciso encarar. Depois é preciso accionar cada uma das entidades com competência para determinadas medidas para que depois elas sejam executadas em função da avaliação que a direcção-geral etrá que fazer», acrescentou Manuel Pinho.
Esta terça-feira, o clube da Arrábida entregou no Tribunal de Almada uma acção popular contra «a Câmara de Setúbal e a Direcção-geral de Veterinária pelo incumprimento das suas funções de captura dos animais», explicou Pedro Vieira.
«Sabemos que a Câmara tentou algumas estratégias para capturar os cães, mas sem sucesso, também contactamos a Direcção-geral de Veterinária. Mas o facto é que até agora os cães continuam pela Serra da Arrábida, em vários sítios, e num número que estimamos que ultrapassa já os 100 cães»
As matilhas que andam pela Serra da Arrábida já atacaram animais domésticos e o clube da Arrábida receia que também as famílias que passeiam na zona possam correr perigo.