Economia

Brasil está entre os mais protegidos da crise, diz Lagarde

A directora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, reiterou hoje que nenhum país ficará «imune» à crise, mas referiu que alguns possuem fundamentos mais «sólidos» para se defender e apontou o Brasil como um exemplo.

Em Brasília, após um encontro com o ministro das Finanças brasileiro, Guido Mantega, Christine Lagarde adiantou que o FMI divulgará em breve um comunicado com previsões atualizadas, com uma revisão em baixa, sobre a economia mundial.

«As análises de conjuntura fazem-nos acreditar que o crescimento será mais baixo do que o que havíamos previsto», admitiu.

Do Brasil, Lagarde dirigiu-se aos países da zona euro ao pedir que actuem com «rapidez» antes que outros Estados sejam «contagiados».

O ministro Guido Mantega, que também participou na conferência de imprensa, manifestou a mesma preocupação, admitindo que alguns países em desenvolvimento já começaram a sentir os efeitos da agitação internacional.

A directora do FMI reforçou, no entanto, que o Brasil está entre os países mais bem protegidos e elogiou as «boas políticas» micro e macroeconómicas adoptadas pelo país.

«O Brasil está mais protegido que outros países não só pela força de seu mercado interno, mas também por seguir os três pilares básicos de controlo da inflação, taxa de câmbio flutuante e metas de redução de inflação do défice público», enumerou.

Mantega admitiu que o Brasil avalia a possibilidade de entrar com um empréstimo adicional no Fundo Monetário Internacional, mas destacou que a medida depende de os países europeus tomarem as medidas políticas necessárias para a solução da crise.

Redação