O Ministério da Saúde esclareceu, ao final da manhã, que não deu qualquer garantia à Roche do pagamento total das dívidas, ao contrário do que a farmacêutica divulgou hoje.
«O que foi comunicado à empresa é que existe um plano de pagamentos do Serviço Nacional de Saúde aos fornecedores, que só deverá estar concluído no final deste mês», disse à Lusa Miguel Vieira, do gabinete do ministro da Saúde, Paulo Macedo.
No entanto, só uma parte desta verba vai ter como destino a Roche, ou seja, não implica o pagamento total da dívida.
De acordo com a Roche, nos últimos dias terão existido conversações entre as duas partes, as quais terão conduzido à suspensão da nova política de pagamentos em cinco hospitais.
Segundo Miguel Vieira, as conversações existiram e surgiram após a Roche ter anunciado a intenção de alterar a sua política de pagamentos.
No decorrer destas conversações, a tutela terá manifestado o seu desagrado pela forma como este anúncio foi feito publicamente.
Em comunicado, o laboratório anunciou que «o Governo português transmitiu a intenção de liquidar os montantes em dívida, comprometendo-se a apresentar um plano de pagamentos, até ao final do mês de Janeiro de 2012, e a ser cumprido neste mesmo ano».
A 18 de Novembro, a Roche tinha anunciado que iria alterar a sua política de crédito, a partir de Dezembro, junto de cinco hospitais portugueses com dívidas acumuladas há mais de 750 dias.