O BES registou, esta sexta-feira, a maior valorização em bolsa desde 1993, com mais de 55 milhões de acções negociadas, depois de ter garantido nove por cento de rácio e um aumento de capital de 656 milhões de euros sem a ajuda do Estado.
Os títulos do BES chegaram a disparar 23 por cento. Acima dos 15 foram suspensos por duas vezes pela Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), mas voltaram à negociação e acabaram por encerrar a subir 16,52 por cento, até ao preço de 1,34 euros por acção. Este foi o melhor desempenho do banco desde que se estreou em bolsa em 1993.
Mas não foram só ganhos invulgares. A forte subida foi acompanhada por uma liquidez nunca antes registada pelo banco.
Esta sexta-feira foram negociadas mais de 55 milhões de acções, mais 18 vezes acima da média diária dos últimos 12 meses, que ronda os três milhões de papeis trocados.
A impulsionar a cotação estiveram as declarações do administrador financeiro do BES, que garantiu que o banco não precisa de ajuda estatal até Junho de 2012, numa altura em que a banca tem estado sob grande pressão.
O sector europeu encerrou também em forte alta, com ganhos superiores a quatro por cento, devido ao optimismo manifestado pelos investidores quanto a uma solução sólida para a crise da dívida na cimeira da próxima semana em Bruxelas.