O primeiro-ministro garantiu não ter «medo de greves» e prometeu «travar todas as batalhas» para alterar uma lei laboral que atualmente apenas gera «desemprego e precariedade».
Para Passos Coelho, «o maior mito que se tem vivido na sociedade portuguesa é que não se pode mexer na legislação laboral para não afetar os direitos» dos trabalhadores.
«A quem serve este regime, que supostamente é extremamente avançado de direitos sociais? Que regime avançado é este que só gera desemprego, precariedade, recibos verdes ou contratos a termo? Temos medo das pressões, ou da contestação ou das greves que possam surgir? Eu não tenho!», frisou, no discurso da sessão evocativa em memória de Francisco Sá Carneiro, no Porto.
Passos Coelho esclareceu que, com a atual legislação, existem «cada vez menos trabalhadores, porque aqueles que podem oferecer emprego têm medo de o fazer, a não ser em regime de recibo verde».
Quanto maior for a incerteza «maior é o medo dos investidores» e «quem quer trabalhar tem cada vez menos oportunidades, a não ser nas piores condições e nas mais precárias», descreveu o primeiro-ministro.
«Queremos criar emprego para os mais jovens porque não os queremos condenar à falta de esperança que hoje reina. Em seu nome, travaremos todas as batalhas que forem necessárias para, nos limites da Constituição, alterar as leis laborais», assegurou.
[Texto escrito com o novo acordo ortográfico]