A Quercus pede ao Governo que pondere o que é mais importante para o país, o Douro como património mundial ou a barragem de Foz Tua.
Em causa está a possibilidade de a UNESCO retirar a classificação devido ao impacto da barragem.
Já foram muitas as queixas feitas pelos ambientalistas da Quercus por causa do projecto da barragem de Foz Tua.
Agora, perante o aviso dos especialistas da UNESCO, Susana Fonseca, vice-presidente da Quercus, desafiou o Executivo a tomar uma opção entre o património e a barragem.
«Construir a barragem do Tua é uma má opção. Acreditamos que ainda é possível parar, a obra já está no terreno mas está no seu início», disse, acrescentando que ainda esta terça-feira várias organizações de defesa do ambiente se reuniram em Lisboa para demonstrar que a opção da barragem não é a melhor.
Para Susana Fonseca, «é importante que o país pondere o que é que é mais relevante para o seu desenvolvimento futuro e o seu desenvolvimento sustentável». «Esperamos que o Governo o faça esse momento», acrescentou.
Apesar de este aviso dos peritos já não ser novo, Susana Fonseca espera que o facto de só agora ter sido tornado público consiga dar «outra força à capacidade de persuasão».
Também em declarações à TSF, Manuela Cunha, do Partido Os Verdes, disse que «a UNESCO fez uma recomendação ao Governo português e aguardava comentários do Governo», algo que ainda não aconteceu, mesmo depois de o seu partido ter insistido nesse sentido.
«Achamos que os deputados da Assembleia da República têm o dever e o direito de conhecer essa recomendação», até porque a UNESCO alertou que aquela zona é um ponto «muito sensível e preocupante», acrescentou.
A TSF procura ainda um comentário do Governo à recomendação da UNESCO.