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Bruxelas reconhece que cimeira é decisiva, mas não para «agradar a agências de notação»

A Comissão Europeia reconheceu hoje que é imperioso que o Conselho Europeu desta semana produza respostas à crise da dívida soberana, mas porque tal é importante «para os cidadãos europeus» e não para «agradar às agências de notação».

Questionado durante a conferência de imprensa diária do executivo comunitário sobre a decisão da véspera da agência de notação financeira Standard & Poor's (S&P) de colocar em perspectiva negativa o 'rating' da dívida soberana de longo prazo de 15 países da Zona Euro, o porta-voz dos Assuntos Económicos escusou-se a comentar a nota específica, mas garantiu que o trabalho que está a ser feito é a pensar nos cidadãos e não nos mercados.

«Temos de tomar decisões importantes (na cimeira de sexta-feira) não porque as agências de notação reclamam, mas porque é necessário para os cidadãos (...), não porque queremos agradar a agências de notação ou forças dos mercados, mas para completar a resposta global à crise», disse Amadeu Altafaj Tardio.

Na segunda-feira a S&P considerou que «os problemas sistémicos na zona euro aumentaram nas últimas semanas, na medida em que agora pressionam a situação do crédito da zona euro como um todo», justificando assim a sua decisão de colocar o o 'rating' da dívida soberana de longo prazo de 15 países do espaço monetário único em perspectiva negativa, no que muitos consideram como uma forma de pressão para os líderes europeus acordarem acções decisivas na cimeira que decorre quinta e sexta-feira em Bruxelas.

Redação