Política

PCP e Bloco pedem explicações sobre transferência de fundo de pensões

Comunistas e bloquistas questionaram, esta tarde, o Governo sobre a transferência do fundo de pensões da Banca para a Segurança Social. O Bloco de Esquerda já pediu a presença do ministro no Parlamento para explicar este processo.

Para o deputado do PCP, Agostinho Lopes, não basta saber que com esta transferência o Estado conseguiu um excedente orçamental de mais de dois mil milhões de euros. Por isso, admitiu pedir a apreciação parlamentar do diploma.

«O Governo deve informar os impactos negativos e a dimensão dos riscos para o sistema público de Segurança Social, ou seja, das consequências do negócio para a sua sustentabilidade futura», referiu.

«Estas são razões mais do que suficientes para que o PCP se oponha a mais esta negociata entre o Governo e os banqueiros e não deixará de combater com todos os meios ao seu alcance. Exigirá o seu escrutínio nesta Assembleia da República com a presença dos necessários membros do Governo, e mesmo a possível chamada do diploma à apreciação parlamentar», afirmou Agostinho Lopes.

O Bloco de Esquerda já pediu também a presença do ministro da Segurança Social, Pedro Mota Soares, no Parlamento para explicar todo este processo. O bloquista Pedro Filipe Soares suspeita que a Segurança Social vai sair prejudicada com esta operação.

«Não ouvimos dizer sequer uma palavra sobre o que será no Verão de 2014 quando este défice bater fundo na Segurança Social. Não ouvimos sequer dizer porque é que o Governo não explica que, para assessorar o executivo num negócio com a Banca, pediu ajuda a um dos bancos. Porque foi o Banco Espírito Santo de Investimento que foi pago para assessorar o Estado num negócio onde o próprio banco estava envolvido», denunciou o deputado bloquista.

Redação