A Nissan vai suspender a fábrica de baterias em Aveiro para os seus carros elétricos, um dos últimos investimentos estrangeiros anunciados pelo ex-primeiro-ministro José Sócrates.
Em declarações à Lusa, o porta-voz da Nissan, António Pereira-Joaquim, disse que a administração da aliança Renault-Nissan «decidiu suspender a fábrica de baterias elétricas em Portugal porque, após análise detalhada do plano de negócios, chegou à conclusão que as quatro fábricas espalhadas por todo o mundo seriam suficientes para os objetivos».
O anterior primeiro-ministro José Sócrates tinha lançado a 11 de fevereiro a primeira pedra da fábrica de baterias para carros elétricos da Nissan em Cacia, Aveiro, que representaria um investimento de 156 milhões de euros e a criação de 200 postos de trabalho.
A decisão de suspensão da fábrica portuguesa, que começaria a laborar no início do próximo ano, não está ligada, segundo o porta-voz da Nissan, ao projeto de Portugal sobre a mobilidade elétrica, embora, na altura, «o avanço e a aposta do Governo nesta matéria tenha contribuído para a Nissan ter optado por Portugal».
Porém, a decisão por Portugal, na altura, ficou a dever-se, segundo o responsável da Nissan, à «localização geográfica», já que Portugal estaria em condições de 'ajudar' as outras quatro fábricas.
António Pereira-Joaquim afirmou à Lusa que a aliança Renault-Nissan «esteve a fazer uma análise dos negócios e chegou à conclusão que, para atingir a meta de 1,5 milhões de carros elétricos em 2016, seriam suficientes quatro fábricas», o que deixou de fora o projeto português.
[Texto escrito conforme o novo Acordo Ortográfico]